Capitalismo clientelista

Parte da série sobre o
Capitalismo
Variantes Anárquico Bem-estar social Clientelista Consumidor Corporativo Criativo Democrático Ecológico Economia mista Economia social de mercado Estatal Financeiro Global Humanístico Laissez-faire Liberal Novo Regulatório Social Tardio Técnico
Escolas de pensamento Americana Austríaca Chicago Clássica Institucional Keynesiana Marxiana Monetária Moderna Monetarismo Neoclássica Nova institucional Nova keynesiana Lado da oferta
Origens Iluminismo Feudalismo Revolução Industrial Fisiocracia Mercantilismo
Teorias Modo de produção capitalista Vantagens comparativas Livre sistema de preços Mão invisível Mercado Ordem espontânea Lei da oferta e da procura
Ideias Banco central Direito comercial Direito de sociedades Antitruste Direito do consumidor Direito autoral Corporação Desregulação Liberdade econômica Liberalismo económico Regulação financeira Política fiscal Área de livre-comércio Liberdade de contrato Globalização Harmonização do Direito Intergovernamentalismo Direito do trabalho Governo limitado Política monetária Propriedade intelectual Patentes Propriedade privada Privatização Mercado regulamentado Supranacionalismo Salário Estado de bem-estar social
Pessoas Adam Smith John Stuart Mill David Ricardo Thomas Malthus Jean-Baptiste Say Karl Marx Milton Friedman Friedrich Hayek John Maynard Keynes Alfred Marshall Ludwig von Mises Ayn Rand Murray Rothbard Joseph Schumpeter Thorstein Veblen Max Weber Ronald Coase
Tópicos relacionados Anticapitalismo Capitalismo de Estado Consumismo Criticismo Cultura do capitalismo História História da teoria Periodizações do capitalismo Capitalismo avançado Nacionalismo corporativista Corporativismo Fundamentalismo de livre mercado Pós-capitalismo Socialismo para os ricos e capitalismo para os pobres
Ideologias Anarcocapitalismo Capitalismo democrático Dirigismo Ecocapitalismo Capitalismo humanista Capitalismo inclusivo Liberalismo Libertarianismo Neoconservadorismo Neoliberalismo Liberalismo social Objetivismo Ordoliberalismo Social-democracia
Portal do capitalismo Portal da economia Portal da filosofia Portal da política
v d e

O capitalismo clientelista, ou capitalismo de compadrio, é um termo que descreve uma economia em que o sucesso nos negócios depende das estreitas relações entre os empresários e classe política. Isto pode ser demonstrado pelo favoritismo na distribuição de autorizações legais, nos subsídios do governo, nos incentivos fiscais especiais, ou outras formas de dirigismo.^[1] Acredita-se que capitalismo clientelista surja quando o fisiologismo político transborda para o mundo empresarial; as amizades interesseiras e os laços familiares entre os empresários e o governo influenciam a economia e a sociedade na medida em que corrompe os ideais de bem público econômico e político.

O termo "capitalismo clientelista" teve um impacto significativo na esfera pública como uma explicação da crise financeira asiática de 1997.^[2] Também é usado em todo o mundo para descrever praticamente quaisquer decisões governamentais que favoreçam os "companheiros" das autoridades do governo. Em muitos casos, o termo é utilizado alternadamente com bem-estar corporativo; na medida em que existe uma diferença, este último pode ser restrito apenas aos subsídios diretos do governo às grandes corporações, excluindo brechas fiscais e todo o tipo de decisões regulamentares e comerciais, o que, prática pode ser muito maior do que quaisquer subsídios diretos.

Deve-se notar que, embora possa ser considerado uma forma de capitalismo, o "capitalismo" clientelista e seu fisiologismo são opostos ao conceito de livre mercado pregado pelos liberais.^[3][4]

Apesar do problema ser aceito de todos os lados do espectro político, a ideologia obscura um entendimento das causas do problema e, por consequência, das suas soluções. As visões políticas situam-se em dois campos, que podem ser chamados da crítica socialista e da crítica capitalista. O posicionamento socialista é de que governos democráticos devem regular interesses econômicos, sobretudo dos mais ricos, de modo a retundir o surgimento de monopólios. O posicionamento capitalista é de que os "monopólios naturais" são raros, de maneira que regulações governamentais assistem os interesses financeiros estabelecidos por restringir a competição.

Ver também

• Bem-estar corporativo
• Clientelismo
• Corporatocracia
• Empresa estatal
• Economia da corrupção
• Falha do Estado
• Família política
• Patrimonialismo
• Totalitarismo invertido
• Triângulo de ferro

Referências

• Vernon, Raymond (1989), «Technological Development», ISBN 978-0821311622, EDI Seminar Paper, 39 

Bibliografia

• Wei, Shang-Jin (2001). «Domestic Crony Capitalism and International Fickle Capital: Is There a Connection?». International Finance. 4: 15–45. doi:10.1111/1468-2362.00064 
• Kang, David C. (2003). «Transaction Costs and Crony Capitalism in East Asia». Comparative Politics. 35 (4): 439–58. JSTOR 4150189. doi:10.2307/4150189 
• Ip, Po-Keung (2007). «Corporate Social Responsibility and Crony Capitalism in Taiwan». Journal of Business Ethics. 79: 167–77. doi:10.1007/s10551-007-9385-5 
• Hughes, Sallie; Lawson, Chappell H. (2004). «Propaganda and Crony Capitalism: Partisan Bias in Mexican Television News». Latin American Research Review. 39 (3): 81–105. JSTOR 1555469. doi:10.1353/lar.2004.0050 
• Shah, Ajay (7 de setembro de 2012). «Indian capitalism is not doomed». Ajay Shah's Blog 
• Singh, Ajit; Zammit, Ann (2006). «Corporate Governance, Crony Capitalism and Economic Crises: Should the US business model replace the Asian way of 'doing business'?». Corporate Governance: an International Review. 14 (4): 220–33. doi:10.1111/j.1467-8683.2006.00504.x 
• Johnson, Chalmers (1998). «Economic crisis in East Asia: The clash of capitalisms». Cambridge Journal of Economics. 22 (6): 653–61. doi:10.1093/cje/22.6.653 
• Peev, Evgeni (2002). «Ownership and Control Structures in Transition to 'Crony' Capitalism: The Case of Bulgaria». Eastern European Economics. 40 (5): 73–91. JSTOR 4380313 
• Enderwick, Peter (2005). «What's Bad About Crony Capitalism?». Asian Business & Management. 4 (2): 117–32. doi:10.1057/palgrave.abm.9200126 
• Rosas, Guillermo (2006). «Bagehot or Bailout? An Analysis of Government Responses to Banking Crises». American Journal of Political Science. 50: 175–91. JSTOR 3694264. doi:10.1111/j.1540-5907.2006.00177.x 
• Kahn, J. S.; Formosa, F. (2002). «The Problem of 'Crony Capitalism': Modernity and the Encounter with the Perverse». Thesis Eleven. 69: 47–66. doi:10.1177/0725513602069001004 
• Davis, Gerald F. (2003). «American cronyism: How executive networks inflated the corporate bubble». Contexts. 2 (3): 34–40. doi:10.1525/ctx.2003.2.3.34 
• Vaugirard, Victor (2005). «Crony Capitalism and Sovereign Default». Open Economies Review. 16: 77–99. doi:10.1007/s11079-005-5333-0 
• James, Harold (2008). «Family Values or Crony Capitalism?». Capitalism and Society. 3. doi:10.2202/1932-0213.1031 
• Khatri, Naresh; Tsang, Eric W K; Begley, Thomas M (2005). «Cronyism: A cross-cultural analysis». Journal of International Business Studies. 37: 61–75. JSTOR 3875215. doi:10.1057/palgrave.jibs.8400171 
• Khatri, Naresh (2013). Anatomy of Indian Brand of Crony Capitalism. http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2335201.
• (PDF). [S.l.: s.n.] http://mpra.ub.uni-muenchen.de/19626/1/WP0802.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Ligações externas

• New York Times, "The Global Cost of Crony Capitalism"
• New York Times, "Vladivostok Journal: Out of Russia's Gangland, and Into Cafe Society."
• Joseph Stiglitz, "Crony capitalism American-style".
• Crony capitalism: The actors of change towards neoliberalism in Chile, by Patricio Imbert and Patricio Morales
• Will Africa Finally Take Off? Becker

• Portal da política
• Portal de economia e negócios