Mastim napolitano

Mastim napolitano
Mastim napolitano
Cão mastim napolitano
Outros nomes Mastino napoletano

Neapolitan mastiff

País de origem  Itália
Características
Peso do macho 60-70 kg
Peso da fêmea 50-60 kg
Altura do macho 63-77 cm na cernelha
Altura da fêmea 58-70 cm na cernelha
Cor preto, variações de cinza, tigrado e fulvo
Expectativa de vida 8-10 anos
Classificação e padrões
Federação Cinológica Internacional
Grupo 2 - Cães de tipo Pinscher e Schnauzer, molossóides, cães de montanha e boiadeiros suiços
Seção 2 – molossóides, do tipo dogue
Estalão #197 – 27 de novembro de 1989

Mastim napolitano[Nota] (em italiano: Mastino napoletano) é uma raça de cães do tipo mastim nativa da Itália.[1] A raça compartilha um ancestral em comum com a cane corso.

História

Mastim Napolitano dos anos 1950

O seu possível ancestral direto, o molosso romano ou cane pugnax, foi citado e descrito por oradores da Roma antiga e alguns de seus traços ainda podem ser observados na raça moderna. Mas, assim como no caso de muitas outras raças, a mastim napolitano também tem sua verdadeira origem incerta, podendo ser relacionada ao extinto mastim assírio, presente em representações artísticas milenares.[1]

O mastim napolitano moderno é fruto de um trabalho de resgate realizado na primeira metade do século XX, quando uma land-race endêmica e antiga de cães de fazenda estava desaparecendo da Itália.[2] [3]

Em Milão no ano de 1914, Mario Monti de Bagnacavallo apresentou seu cão chamado Drago numa exposição ao juiz Fabio Caielli, que recusou-se a julgar o animal alegando que não pertencia a nenhuma raça conhecida e portanto não possuía padrão para se embasar e julgar. Após isto, Monti e Caielli, resolveram buscar cães similares em outras regiões com o objetivo de reunir, resgatar e desenvolver a raça italiana, que inicialmente chamaram apenas de molosso italiano, porém, cães deste tipo recebiam os mais diversos nomes regionais, incluindo cane da presa, e can' corso. Monti e Caielli encontraram alguns cães usados por guardas particulares e também vários cães nas zonas rurais e urbanas de Nápoles, Foggia, Benevento, Barletta e Bari. A partir daí, a land-race foi salva da extinção e começou a ser transformada em raça.[2][3]

A raça moderna foi descrita detalhadamente pela primeira vez em 1952 no livro 300 razzi di cani de Piero Scanziani, outro criador que aderiu a causa bem antes do livro e desempenhou um papel importante, produzindo inclusive o primeiro cão campeão. Em 1965 foi aprovado o primeiro padrão da raça, já nomeada de mastino napoletano (mas ainda mencionando os sinônimos cane da presa e cane corso), pela assembleia de criadores para o kennel clube italiano ENCI.[2][3] Desde então a raça vem se popularizando mundo à fora.

Na década de 1970 foram descobertos por Paolo Breber, em fazendas da Itália, cães molossos diferentes dos mastins napolitanos da época - que já estavam se distanciando da aparência primitiva. Tais cães redescobertos vieram a se tornar o cane corso moderno, hoje uma raça italiana distinta.[2][3]

Características

Fisicamente pode chegar aos 70 kg e medir até 77 cm na cernelha; sua cabeça é a maior entre todas as raças caninas. Sua personalidade é descrita como leal, apesar da sua face carrancuda; é tido como paciente e dócil.[1]

Galeria

  • Detalhe cabeça de um cão mastim napolitano
    Detalhe cabeça de um cão mastim napolitano

Referências

  1. a b c «Mastim Napolitano». Dog Times. Consultado em 1 de agosto de 2011 
  2. a b c d «Canis pugnax» (em italiano) 
  3. a b c d «Linha do tempo histórica do Mastim napoletano e Cane corso» (em francês) 

Ver também

Bibliografia

  • Fogle, Bruce (2009). Cães 1ª ed. Brasil: Jorge Hazar. ISBN 978‐85‐378‐0133‐8 Verifique |isbn= (ajuda) 

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Mastim napolitano
  • «Confederação Brasileira de Cinofilia». www.cbkc.org 
  • «Clube Português de Canicultura». www.cpc.pt 
  • «Fédération Cynologique Internationale» (em espanhol). www.fci.be 
  • «Utilidades gerais - DogTimes». www.dogtimes.com.br 
  • «Dicionário de Cinologia». (em português do Brasil) 

Nota linguística: Na busca pela padronização de uma nomenclatura^ e para adequar a grafia da Wikipédia às normas do português, os nomes das raças - alguns mantidos no original (Fogle (2009)) - estão grafados em iniciais minúsculas, como também visto em dicionário de Cinologia. Todavia, as entidades cinófilas - CBKC do Brasil, CPC de Portugal e FCI - possuem o padrão adotado em maiúsculas, assim como a Enciclopédia Conhecer (vol. II, p. 414).

  • v
  • d
  • e
FCI: Grupo 2: Tipo Pinscher e Schnauzer; molossos; cães de montanha e boiadeiros suíços
Seção 1:
Tipo pinscher
Tipo schnauzer
Tipo Smoushound
Tipo Terrier russo
Dobermann
Seção 2:
Molossos
Tipo
dogue
Tipo
montanha
Seção 3:
Boiadeiros suíços
Ícone de esboço Este artigo sobre cães é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.


  • Portal da Itália
  • Portal da zoologia