Minas de Ferro de Torre de Moncorvo

As minas de ferro de Torre de Moncorvo, ficam situadas no concelho de Torre de Moncorvo, em Portugal.

História

As minas foram objeto de exploração primitiva desde a Idade do Ferro até ao fim do século XVIII.[1]

Mapa

A primeira experiência de exploração proto-industrial decorreu na década de 1790 e, a partir dos anos 70 do século XIX, renovou-se o interesse pelas concessões mineiras de Moncorvo, chegando-se a registar 35 concessões. Em 1897 a maioria das concessões foi adquirida pela Companhia Syndicat Franco-Iberique, que deu início a «trabalhos de prospecção metódica e sistemática com 1396 análises químicas».[1]

Entre 1930 e 1934 foram abertas galerias na Mua, tendo sido extraídas 15.279 toneladas de minério, conforme registo do Boletim de Minas.[2] Os trabalhos de prospeção e exploração da Companhia Mineira de Moncorvo continuaram até 1942. Depois da II Guerra Mundial as concessões desta empresa alemã foram arroladas pelo Governo Português e, a partir de 1957, aquela Companhia passou a ser gerida pela Exploration & Bergba, do grupo Thyssen, assumindo a designação de Minacorvo, Lda.

Nesse ano foi construída a lavaria-piloto e, em 1976, a Minacorvo foi dissolvida e as suas concessões foram integradas na Ferrominas SARL, depois Ferrominas EP, terminando com a criação da EDM EP, a partir de 1986.[1]

Entre 1951 e 1976 foram exportadas 1.796.535 toneladas de minério de ferro de Moncorvo[1].

As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a empregar 1500 mineiros.

A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.[3]

Reativação

As minas de ferro de Torre de Moncorvo estiveram 37 anos sem atividade depois da falência da Ferrominas, EP.[3]

Nova concessão foi entregue à Aethel Mining (antiga MTI, Ferro de Moncorvo) em 2016.

A exploração mineira na região ganha novo fôlego em 2019, quando a empresa britânica Aethel Mining decidiu investir relevando a atratividade das minas, não só pelo seu valor económico mas também pela importância do seu projeto de sustentabilidade ambiental e social.[4]

As atividades de exploração tiveram inicio no dia 19 de Junho de 2020 e a Aethel Mining estima que irá extrair cerca de 300 000 toneladas de ferro até ao final de 2020.[5]

Referências

  1. a b c d Cf. CUSTÓDIO, Jorge. O ferro como património industrial de Moncorvo : História, mineração e indústria. Ferrominas, EP, 1984.
  2. Boletim de Minas no catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal.
  3. a b Cf. Minas de Ferro de Moncorvo no jornal Observador de 13 de março de 2020.
  4. Cl. Aethel Mining em notícia de 5 de novembro de 2019 da Agência Lusa.
  5. Cf. Aethel Mining na revista Visão de 19 de junho de 2020.