Paulo Renato Souza

Paulo Renato Souza
Paulo Renato Souza
Paulo Renato Souza
Deputado federal por São Paulo
Período 1º de fevereiro de 2007
a 1º de fevereiro de 2011
Secretário da Educação do Estado por São Paulo
Período 31 de março de 2009
a 16 de dezembro de 2010
Antecessor(a) Maria Helena Guimarães de Castro
42.º Ministro da Educação do Brasil
Período 1º de janeiro de 1995
a 1º de janeiro de 2003
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Murílio de Avellar Hingel
Sucessor(a) Cristovam Buarque
Secretário da Educação do Estado por São Paulo
Período 1984 a 1986
Antecessor(a) Paulo de Tarso Santos
Dados pessoais
Nascimento 10 de setembro de 1945
Porto Alegre, RS
Morte 25 de junho de 2011 (65 anos)
São Roque (São Paulo)
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido PSDB (1988-2011)
Profissão economista, político

Paulo Renato Costa Souza GOMM (Porto Alegre, 10 de setembro de 1945 — São Roque, 25 de junho de 2011) foi um professor, acadêmico, economista e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Biografia

Paulo Renato costa ocupou numerosos cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior, incluindo o de gerente de Operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington, o de secretário da Educação do estado de São Paulo (1984–1986) no governo Franco Montoro e o de reitor da Universidade Estadual de Campinas (1987–1991) durante o governo Quércia.

Durante os anos 1970 serviu à Organização Internacional do Trabalho (OIT) como diretor-associado do Programa Regional do Emprego para a América Latina e o Caribe, e outras agências da Organização das Nações Unidas (ONU). Como funcionário da OIT, Paulo Renato tinha passaporte diplomático. Assim ajudou a livrar várias pessoas da prisão e da violência política no Chile - inclusive seu amigo José Serra -, após o golpe de estado no Chile em 1973.[2] "Nos três dias que se seguiram ao golpe, 17 pessoas ficaram escondidas em minha casa, que tinha uns 100 m² de área no máximo, enquanto mantínhamos contato com várias embaixadas em busca de asilo político. Meu passaporte diplomático da OIT era a salvação. Mas quase acabei preso", recordava.[3]

Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), obteve o seu mestrado na Universidade do Chile e o doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – na qual também tornou-se professor-titular de Economia.

Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1988, e foi o ministro da Educação durante o governo Fernando Henrique Cardoso de 1 de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002. Dentre as suas maiores realizações à frente do ministério da Educação, estão a Universalização do acesso no Ensino Fundamental, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Em seu primeiro ano no ministério, Souza foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]

Por outro lado, durante o tempo que este estava em ofício, a educação federal encarou uma enorme escassez de recursos, a qual resultou em uma greve com a participação de todas as instituições educacionais federais em todo Brasil, começando nos meados de 2001 e terminando no primeiro trimestre de 2002.[carece de fontes?]

Paulo Renato, na Câmara dos Deputados, em 2007.

Em 2006 foi eleito deputado federal pelo PSDB de São Paulo. Em 27 de março de 2009 licenciou-se do mandato de deputado federal para assumir a secretaria de Educação do estado de São Paulo no governo José Serra (PSDB), substituindo Maria Helena Guimarães de Castro.

Em 16 de dezembro de 2010, pediu demissão do cargo de Secretário da Educação de São Paulo. Havia a expectativa de que permaneceria no cargo, mas, diante da demora de o governador eleito Geraldo Alckmin definir o nome do secretário da pasta, Paulo Renato concluiu que seria substituído.[4] Em seu lugar, assumiu o secretário-adjunto Paulo Renato Fernando Padula, que permaneceu apenas 2 semanas no cargo, até Alckmin ser empossado como governador do Estado e nomear o novo Secretário da Educação, Herman Voorwald.[5][6]

Paulo Renato também fez parte do Conselho Consultivo da Fundação Santillana,[7] uma instituição espanhola com atuação também na América Latina.

Morte

Paulo Renato faleceu após sofrer um infarto, enquanto dançava com uma amiga, durante o feriado de Corpus Christi, em um resort na cidade de São Roque, no interior de São Paulo. Desmaiou e foi levado às pressas ao Hospital Unimed no Bairro de Lourdes, em São Roque, mas, quando lá chegou, já estava morto.[8]

Paulo Renato deixou um filho, Renato, e duas filhas, Maria Tereza e Maria Luísa, do seu primeiro casamento, com a gaúcha Giovanna Xavier Souza, sua companheira por 32 anos.

Entre 2002 e 2009, Paulo Renato foi casado com a economista carioca Carla Grasso, ex-secretária da Previdência Complementar no governo FHC, e posteriormente diretora da Vale S.A., em 1997, logo após a privatização da empresa, até abril de 2011.[9][10][11][12]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1995.
  2. A prova dos nove do ministro da Educação. Istoé Gente.
  3. Paulo Renato Souza: "A bolsa-escola é a saída para garantir todas as crianças nas escolas", por Eduardo Hollanda] ]. Istoé, edição: 1630, 20 de dezembro de 2000.
  4. Secretário da Educação de SP pede demissão. G1, 17 de dezembro de 2010.
  5. Alckmin confirma reitor da Unesp na Secretaria de Educação, por Catia Seabra. Folha de S.Paulo, 17 de dezembro de 2010.
  6. Novo secretário da Educação de SP, Herman Voorwald é reitor da Unesp desde 2009. Uol, 17 de dezembro de 2010.
  7. Fundação Santillana
  8. «Morre de enfarte ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza». Estadão. Consultado em 26 de junho de 2011 
  9. Os poderosos também amam. Veja, Edição 1.738, 13 de fevereiro de 2002
  10. New Vale CEO May Face Heightened Scrutiny. The Wall Street Journal, 7 de abril de 2011.
  11. Vale - Há sucessor para Agnelli?. Época Negócios, 31 de janeiro de 2011.
  12. Glamurama, por Joyce Pascowitch.

Ligações externas

Wikiquote
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O Wikiquote possui citações de ou sobre: Paulo Renato Souza
  • «O Legado de Paulo Renato de Souza: Modernização com foco na Estruturação do MEC» 
  • «Falece o Ex-Ministro da Educação e Deputado Federal Paulo Renato Costa Souza.» 

Precedido por
José Aristodemo Pinotti
Reitor da Unicamp
1986 — 1990
Sucedido por
Carlos Vogt
Precedido por
Murílio de Avellar Hingel
Ministro da Educação do Brasil
1995 — 2003
Sucedido por
Cristovam Buarque
  • v
  • d
  • e
Era Vargas
(2.ª e 3.ª Repúblicas)
Brasil
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Portal Educação / Brasil
  • v
  • d
  • e
Primeiro gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1995–1999)
Vice-presidente
Marco Maciel (1995–1999)
Fernando Henrique Cardoso, 34.º Presidente do Brasil
Ministérios
Administração Federal e
Reforma do Estado
Luiz Carlos Bresser-Pereira (1995–1999) • Cláudia Costin (interina) (1995–1999)
Aeronáutica
Agricultura e Abastecimento
José Eduardo de Andrade Vieira (1995–1996) • Arlindo Porto (1996–1998) • Francisco Turra (1998–1999)
Ciência e Tecnologia
José Israel Vargas (1995–1999)
Comunicações
Coordenação de Assuntos Políticos
Luiz Carlos Santos (1996–1998)
Cultura
Francisco Weffort (1995–1999)
Desenvolvimento Agrário
Raul Jungmann (1996–1999)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Dorothea Werneck (1995–1996) • Francisco Dornelles (1996–1998) • José Botafogo Gonçalves (1998)
Educação
Paulo Renato Souza (1995–1999)
Esporte
Pelé (1995–1999) • Rafael Greca (1999)
Fazenda
Pedro Malan (1995–1999)
Justiça
Nelson Jobim (1995–1997) • Milton Seligman (1997) • Iris Rezende (1997–1998) • José de Jesus Filho (1998) • Renan Calheiros (1998–1999) •
Meio Ambiente
Gustavo Krause (1995–1999)
Minas e Energia
Planejamento e Orçamento
José Serra (1995–1996) • Antônio Kandir (1996–1998) • Paulo de Tarso Almeida Paiva (1998–1999) • Pedro Parente (1999) • Martus Tavares (1999)
Previdência Social
Reinhold Stephanes (1995–1998) • Waldeck Ornelas (1998–1999)
Reforma Institucional
Relações Exteriores
Luiz Felipe Lampreia (1995–1999)
Saúde
Adib Jatene (1995–1996) • José Carlos Seixas (1996) • Carlos Albuquerque (1996–1998) • José Serra (1998–1999)
Trabalho e Emprego
Paulo de Tarso Almeida Paiva (1995–1998) • Antônio Anastasia (interino) (1998) • Edward Joaquim Amadeo Swaelen (1998–1999)
Transportes
Odacir Klein (1995–1996) • Alcides Saldanha (1996–1997) • Eliseu Padilha (1997–1999)
Turismo
Dorothea Werneck (1995–1996) • Francisco Dornelles (1996–1998) • José Botafogo Gonçalves (1998) • Rafael Greca (1999)
Secretarias
(ligadas à
Presidência)
Comunicação Social
Roberto Muylaert (1995) • Sérgio Amaral (1995–1999)
Direitos Humanos
José Gregori (1997–2000)
Secretaria-Geral
Órgãos
(ligados à
Presidência)
Advocacia-Geral da União
Banco Central
Pérsio Arida (1995) • Gustavo Loyola (1995–1997) • Gustavo Franco (1997–1999)
Casa Civil
Clóvis Carvalho (1995–1999)
Estado-Maior das Forças Armadas
Gabinete de Segurança Institucional
← Gabinete de Itamar Franco (1992–1995) • Segundo gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1999–2003) →
  • v
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  • e
Segundo gabinete de Fernando Henrique Cardoso (1999–2003)
Vice-presidente
Marco Maciel (1999–2003)
Fernando Henrique Cardoso, 34.º Presidente do Brasil
Ministérios
Agricultura e Abastecimento
Ciência e Tecnologia
Comunicações
Cultura
Francisco Weffort (1999–2003)
Defesa
Élcio Álvares (1999–2000) • Geraldo Magela da Cruz Quintão (2000–2003)
Desenvolvimento Agrário
Raul Jungmann (1999–2002) • José Abrão (2002–2003)
Desenvolvimento,
Indústria e Comércio
Celso Lafer (1999) • Clóvis Carvalho (1999) • Alcides Lopes Tápias (1999–2001) • Sérgio Amaral (2001–2003)
Educação
Paulo Renato Souza (1999–2003)
Esporte
Rafael Greca (1999–2000) • Carlos Melles (2000–2002) • Caio Cibella de Carvalho (2002–2003)
Fazenda
Pedro Malan (1999–2003)
Integração Nacional
Fernando Bezerra (1999–2001) • Ramez Tebet (2001) • Ney Suassuna (2001–2002) • Mary Dayse Kinzo (2002) • Luciano Barbosa (2002–2003)
Justiça
Renan Calheiros (1999) • José Carlos Dias (1999–2000) • José Gregori (2000–2001) • Aloysio Nunes (2001–2002) • Miguel Reale Júnior (2002) • Paulo de Tarso Ramos Ribeiro (2002–2003)
Meio Ambiente
Sarney Filho (1999–2002) • José Carlos Carvalho (2002–2003)
Minas e Energia
Planejamento e Orçamento
Pedro Parente (1999) • Martus Tavares (1999–2002) • Guilherme Gomes Dias (2002–2003)
Previdência Social
Waldeck Ornelas (1999–2001) • Roberto Brant (2001–2002) • José Cechin (2002–2003)
Relações Exteriores
Luiz Felipe Lampreia (1999–2001) • Celso Lafer (2001–2003)
Saúde
José Serra (1999–2002) • Barjas Negri (2002–2003)
Trabalho e Emprego
Francisco Dornelles (1999–2002) • Paulo Jobim Filho (2002–2003)
Transportes
Eliseu Padilha (1999–2001) • Alderico Lima (interino) (2001–2002) • João Henrique de Almeida Sousa (2002–2003)
Turismo
Rafael Greca (1999–2000) • Carlos Melles (2000–2002) • Caio Cibella de Carvalho (2002–2003)
Secretarias
(ligadas à
Presidência da
República)
Comunicação Social
Andrea Matarazzo (2001–2002) • João Roberto Vieira da Costa (2002–2003)
Direitos Humanos
José Gregori (1999–2000) • Gilberto Vergne Saboia (2000–2001) • Paulo Sérgio Pinheiro (2001–2003)
Secretaria-Geral
Aloysio Nunes (1999–2001) • Arthur Virgílio Neto (2001–2002) • Euclides Scalco (2002)
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Advocacia-Geral da União
Banco Central
Gustavo Franco (1997–1999) • Armínio Fraga (1999–2003)
Casa Civil
Clóvis Carvalho (1995–1999)
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