José Tristão de Bettencourt

José Tristão de Bettencourt
Nascimento 3 de julho de 1880
Angra do Heroísmo
Morte 25 de novembro de 1954
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
  • Academia Militar
Ocupação oficial, político
[edite no Wikidata]
José Tristão de Bettencourt.

José Tristão de Bettencourt (Angra do Heroísmo, 3 de julho de 1880 — Lisboa, 25 de novembro de 1954) foi um oficial general do Exército Português que exerceu importantes funções políticas, entre as quais as de procurador à Câmara Corporativa durante o Estado Novo[1] e de Governador-Geral de Moçambique.[2]

Biografia

Nascido em Angra do Heroísmo, cidade onde realizou os estudos básicos e liceais, tendo frequentado o Liceu Nacional de Angra do Heroísmo entre 1893 e 1899. Destinado a seguir a carreira militar, frequentou o Curso de Preparatórios na Escola Politécnica de Lisboa (1900-1901), ingressando no ano imediato na Escola do Exército (1902-1904).

Em 1901 assentou praça no Regimento de Caçadores n.º 1, sendo promovido a alferes em 1905, iniciando nesse ano a sua carreira como oficial de Infantaria do Exército Português. Foi sucessivamente promovido a tenente (1908), capitão (1915), major (1920), tenente-coronel (1933), coronel (1937), brigadeiro e general (1939). Em 1945 passou à situação de reserva, por limite de idade. Passou à situação de reforma em 1950.

Ao longo da sua carreira militar, depois de em 1915-1916 ter sido vogal da Comissão Técnica da Arma de Infantaria, dedicou-se essencialmente à administração colonial na África Oriental Portuguesa, tendo sido sub-chefe do Estado-Maior do Quartel-General de Moçambique (1916-1917), governador do Distrito de Inhambane (1921) e chefe do Estado-Maior do Quartel-General de Moçambique (1922-1928). Terminou a sua relação com Moçambique exercendo as funções de Governador-Geral de Moçambique (1940-1946).

Paralelamente exerceu diversas funções de carácter político-administrativa ligadas à administração colonial, tendo sido Chefe de Gabinete do Ministro das Colónias (1926), membro do Conselho Fiscal do Banco Nacional Ultramarino, vogal do Conselho Superior das Colónias e vogal do Conselho do Império Colonial.

Em 1928 foi nomeado Ministro das Colónias por decreto de 18 de Março, mas não chegou a a tomar posse.

Depois de ter passado à situação de reservas, foi procurador à Câmara Corporativa, designado pelo Conselho Corporativo, nas IV (1945-1949), V (1949-1953) legislaturas daquele órgão do Estado Novo. A sua carreira parlamentar centrou-se em matérias militares e de política e economia coloniais. Destacou-se nos pareceres referentes à revisão do Acto Colonial e sobre matérias referentes à organização da defesa nacional.

Foi agraciado com os graus de Cavaleiro (28 de junho de 1919), Comendador (5 de outubro de 1921), Grande-Oficial (20 de maio de 1939) e Grã-Cruz (20 de abril de 1945) da Ordem Militar de Avis e com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Império Colonial (5 de julho de 1946).[3]

Referências

  1. Nota biográfica parlamentar.
  2. Arquivos: José Tristão de Bettencourt.
  3. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Tristão de Bettencourt". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de agosto de 2020 
Controle de autoridade
  • v
  • d
  • e
4.º governo da ditadura (1928)
Presidência de Óscar Carmona
Presidente do Ministério
José Vicente de Freitas, 97.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Interior
Justiça e dos Cultos
Finanças
Guerra
Júlio Morais Sarmento
Marinha
Negócios Estrangeiros
Comércio e Comunicações
José Bacelar Bebiano José de Araújo Correia
Colónias
José Tristão de Bettencourt não empossado José Bacelar Bebiano inicialmente interino (1928)
Instrução Pública
Agricultura
Joaquim Nunes Mexia Joaquim Mendes do Amaral José de Araújo Correia interino Joaquim Mendes do Amaral continuação
← 3.º governo (1926–1928) • 5.º governo (1928–1929) →
  • v
  • d
  • e
Ministros das Colónias e Ministros do Ultramar de Portugal durante a Segunda República
Ditadura Militar (1926–1928), Ditadura Nacional (1928–1933) e Estado Novo (1933–1974)

Junta de Salvação Pública José Mendes Cabeçadas (interino) Manuel Gomes da Costa (inicialmente não empossado; interino) Armando da Gama Ochoa João de Almeida • João Belo Artur Ivens Ferraz (inicialmente interino) Agnelo Portela (interino) José Tristão de Bettencourt (não empossado) José Bacelar Bebiano (inicialmente interino) Aníbal de Mesquita Guimarães (interino) José Bacelar Bebiano (interino) Eduardo Marques António de Oliveira Salazar (interino) Eduardo Marques (2.ª vez) António de Oliveira Salazar (interino) Eduardo Marques (2.ª vez; continuação) Armindo Monteiro Luís Magalhães Correia (interino) Armindo Monteiro (continuação) Henrique Linhares de Lima (interino) Manuel Rodrigues (interino) Armindo Monteiro (continuação) Manuel Rodrigues (interino) Armindo Monteiro (continuação) José Ferreira Bossa Francisco Vieira Machado Manuel Rodrigues (interino) Francisco Vieira Machado (continuação) Manuel Rodrigues (interino) Francisco Vieira Machado (continuação) Francisco José Caeiro (interino) Francisco Vieira Machado (continuação) Marcelo Caetano Américo Tomás (interino) • Marcelo Caetano (continuação) Teófilo Duarte Manuel Sarmento Rodrigues Raul Ventura Vasco Lopes Alves Fernando de Quintanilha e Mendonça Dias (interino) Vasco Lopes Alves (continuação) Adriano Moreira António Augusto Peixoto Correia Joaquim da Silva Cunha Baltasar Rebelo de Sousa

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